domingo, 8 de julho de 2018

OS DIVERSOS TONS DO AMOR

Palavras ditas deliberadamente ao acaso
Que de acaso nada tinham
Descrevendo sonhos, desejos e fantasias,
Prevalecendo o medo pelo dito sem o pensar
Frações de segundos intermináveis

O instante onde nada se move,
como se o mundo estivesse congelado naquele segundo
só se ouve o ritmo do coração a pulsar inquietamente
na expectativa da resposta aos verdadeiros anseios

A vida é uma caixinha de surpresas
O inexplicável surge de onde nunca imaginamos
E em tão curto espaço de tempo nos transforma
As antigas crenças tornam-se vazias
Diante de grandiosidade do que nunca foi vivido

Medos e aflições dominam a mente
Enquanto palavras e promessas trazem a calmaria
Preenchendo cada espaço vazio
Transportando à outra dimensão
Onde o tempo, à distância e os obstáculos
Se tornam frágeis mesmo em sua magnitude

A Química e a Física ao encontro perfeito
Enquanto línguas saboreiam ao bel-prazer
O gosto do proibido, sabor do pecado...
doce com mel.... desafiante como a Maça
Metades que se fundem ao inteiro
Tão intenso e ao mesmo tempo tão puro
Tão distante e ao mesmo tempo tão real
Sem espaço para dúvidas ou rótulos
Apenas o sentir, como nunca sentido.

A esperança é uma expectativa
Ainda que a falta dilacere a alma
Que os planos sejam misteriosos
A jornada vale a pena
Pois o Amor é a base
O Amor é a Raiz,
A raiz da raiz!


Renata Silvestre
Registrado em Julho/2018
EDA (Serviços de Direitos Autorais) - Lei n. 9.610/98

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

PASSADO E PRESENTE

Passado e Presente

A vida nos prega peças
Com seus joguinhos de testar
Testar nossa coragem...
Testar nossa fé...
Mesmo que queira fugir
A vida nos obriga a repensar

O caos toma conta da rotina
Sugando a calma, a alma, a razão
Não me encontro mais onde me reconhecia
Ações desconexas sem qualquer explicação
Pra esconder o que nem sabia que existia.

Ao buscar explicações
O passado e o presente se fundem
Estranhamente a memoria reconhece os sentidos
Já vivenciados tanto quanto sofridos
Porem jamais esquecidos.

O sufoco que por vezes me acompanhou
A retomar seu lugar tão arraigado
Sucumbindo ante ao medo
Das tentativas infrutíferas
De renegar o que se torna fato

Prostrar-me agora?
Com tantos anos vividos
Ciente de não tê-los realmente vivido
E manter-se em pé consciente da verdade
Ou seguir os impulsos hipotéticos
Arriscar o certo ao incerto
E perder-me em mim mesma

A dubiedade dos sentidos me incomoda
Procuro a seguridade da alma
A curar essa insana inquietação.

Tenho muitos nomes para rotular
Mas sempre foi o mesmo buscar
Aquele que julguei nunca encontrar
Mas talvez...sempre esteve aqui!

Por Renata Silvestre
Registrado em Novembro/2017

EDA (Serviços de Direitos Autorais) - Lei n. 9.610/98

domingo, 30 de agosto de 2009

DESEQUILÍBRIO


Na completa confusão
Não existe razão...sem noção
Apago a luz, venha à escuridão
Preciso sentir a solidão
Tenho que sair daqui, de La
De todo lugar
Me encontrar, onde estou?
Me seguro... passos largos sem rumo
Fruto do imaginário
Voando alto, muito alto
A cabeça a girar...o corpo a pairar no ar
Pés no chão? Quero um solo pra pisar
Freia...ainda é tempo de voltar
Nem tão alto, nem tão baixo
Equilíbrio...use a razão
A emoção mata...corta e fere
Antes nada, mas nunca tudo
Realidade... fria mas sensata
Tenho que ascender a luz
Na penumbra me acomodo
É só olhar...não adianta fugir
Não da pra esconder...à hora vai chegar
Então para de esperar!!!
O mundo é cruel...deixe de sonhar
A vida é louca ou eu sou louca?
Sinto-me estranha...tudo esta estranho
Mas sinto meus pés no chão...basta!

Renata Silvestre

Registrado em Julho/2007
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terça-feira, 11 de agosto de 2009

NOSSO TEATRO

Feche as cortinas
O espetáculo acabou
A Grande Estrela da sua peça
Se cansou

Fui pra ti todos seus personagens
Favoritos e necessários
De Dama da Noite à Puritana
Rainha de suas noites
E plebeia durante os dias

Uma excelente atriz em todos os papéis
No palco das nossas vidas
Onde nada nunca foi real
E o Nada sempre existiu

No último ato
Um ato de coragem
A personagem se despede
Só resta a Mulher
A mulher que quero ser
E nessa minha história
Não tem papel pra você.

Renata Silvestre

Registrado em Julho/2007
EDA (Serviços de Direitos Autorais) - Lei n. 9.610/98

EU TE PEÇO...

Senhor,
De joelhos eu te suplico
Me dê paciência
Pra aguentar esse governo
Insano e medonho
Que me tira o sono
Quando sonho
Com crianças na rua
Semi-nuas
Não para se exibir
Mas por não ter o que vestir

Me dê Sabedoria
Pra entender suas sábias palavras
quando disseste: "Eles não sabem o que fazem"
Será???
Juro que tento acreditar

Me dê o Orgulho
de ser patriota
Nesse Brasil da derrota
Onde os ratos jantam às mesas
e os homens lambem o chão

Me dê a Liberdade
De protestar com dignidade
à podridão dessa Nação
que vive à beira do abismo
Diante desse cruel Capitalismo

Me dê a Coragem
Pra não sucumbir
Pois quem resiste...já dizia Ney Matogrosso
Faz a Raça evoluir

Eu te peço Senhor,
Me dê Esperança
Pois quero acreditar
Que tudo ainda vai mudar...
Será???

Registrado em Julho/2007
EDA (Serviços de Direitos Autorais) - Lei n. 9.610/98

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

TELEQUADRADO

A Caixa preta
No centro da sala
Me alucina
Nela me embriago
Vago - a esmo
Ao nada
Do tudo que ela me traz
Me faz sorrir,
Me faz chorar,
Me faz torcer
E enlouquecer
Um turbilhão de emoções
Surreal
Bilateral
Em que nada é real
Nesse mundo Binário
Onde ligo e desligo
Meu cérebro TELE-APÁTICO
E penso
E sinto
O que querem
Que eu sinta
Que eu pense
Pra me consumir
Nessa TELE-VIDA
Quadrada

Renata Silvestre
Registrado em Julho/2007
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sábado, 8 de agosto de 2009

POR VOCÊ...EU GELEI

Foi você
Que me fez perceber
Que no amor se pode arriscar
Sem ter medo de sofrer
Ou temer me machucar

Foi pra você
Que eu entreguei
Meu coração...
Meu corpo...
Minh'alma
E então, me apaixonei.

Foi por você
Que eu chorei
Me arrastei
Supliquei
E até implorei

Mas é por mim
Que vou reagir
Que vou levantar
Desse exílio perene
E lutar...
E jurar...
Nunca mais
AMAR.

Registrado em Março/2008
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AMOR DE IRMÃO

Que amor é esse que existe em mim
Um amor puro e inocente
Um amor sincero, tão diferente
Tão completo e tão presente

Que me faz te acolher e te proteger
Que não quer nunca te ver sofrer
Que é capaz de brigar com o mundo por você
Que vibra e torce pra você vencer

O amor mais puro que Deus criou
que da maneira mais linda brotou
Que não cobra nada e nunca diz não
Esse é o verdadeiro amor de Irmão

Fiz para meu querido irmão Junior, que é mais que um irmão, é meu amigo e companheiro. Alguém que amo demais e declaro isso abertamente pois é um amor puro, forte e verdadeiro.

Criado em Julho/2007

O BAILE DOS MASCARADOS

Sob a Luz da lua pessoas dançam seus segredos
Uma praia linda e deserta é o cenário perfeito
Escondidos sob máscaras experimentam seus desejos
Sob o anonimato não há culpa nem sentimentos

Os olhares se cruzam na multidão
O perigo do mistério aguça a emoção
Libertos do pecado se entregam ao momento
Entorpecidos no calor do corpo em movimento

A Claridade revela seus corpos desprotegidos
Deitados sobre a areia se entregam ao desconhecido
Vivendo o ápice do prazer proibido
Devorando com loucura o desejo reprimido

Ao nascer do Sol a indagação
Na lembrança só se tem os olhos da perdição
Escondidos em sua máscara de proteção
Que lhe atormentará pra sempre sem a revelação

Registrado em Julho/2007
EDA (Serviços de Direitos Autorais) - Lei n. 9.610/98

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Lindos Ornamentos

Lindos pratos de cerâmica ostentam desenhos delicados
À mesa os olhos dos filhos fixos, arregalados
No lugar do sustento, um vazio amargo
Realçando os traços do prato delicado

No banquete dos políticos não precisa dessas sutilezas
Pois a fartura já esconde essas belezas
Em seus olhos não se vê pobreza
Só a ganância posta à mesa

Me pergunto...De quem é a culpa?
Será dos políticos? Não !!!
A culpa é da população
Que os escolheram pra comandar essa nação

Dois mundos paralelos na mesma situação
De um lado a abundância dos heróis dessa nação
E do outro a grande miséria da população

Do alto do palanque não se vê os olhos entristecidos
De um povo sofrido querendo um abrigo
Esperançosos ouvindo aquele discurso cumprido
Que não trará o sustento de seus filhos

Que esperança resta à esta raça?
Só a sarjeta e o banco da praça
Congelados sobre o frio da calçada
Levando a culpa da própria desgraça

Registrado em Julho/2008
EDA (Serviços de Direitos Autorais) - Lei n. 9.610/98