domingo, 30 de agosto de 2009

DESEQUILÍBRIO


Na completa confusão
Não existe razão...sem noção
Apago a luz, venha à escuridão
Preciso sentir a solidão
Tenho que sair daqui, de La
De todo lugar
Me encontrar, onde estou?
Me seguro... passos largos sem rumo
Fruto do imaginário
Voando alto, muito alto
A cabeça a girar...o corpo a pairar no ar
Pés no chão? Quero um solo pra pisar
Freia...ainda é tempo de voltar
Nem tão alto, nem tão baixo
Equilíbrio...use a razão
A emoção mata...corta e fere
Antes nada, mas nunca tudo
Realidade... fria mas sensata
Tenho que ascender a luz
Na penumbra me acomodo
É só olhar...não adianta fugir
Não da pra esconder...à hora vai chegar
Então para de esperar!!!
O mundo é cruel...deixe de sonhar
A vida é louca ou eu sou louca?
Sinto-me estranha...tudo esta estranho
Mas sinto meus pés no chão...basta!

Renata Silvestre

Registrado em Julho/2007
EDA (Serviços de Direitos Autorais) - Lei n. 9.610/98

terça-feira, 11 de agosto de 2009

NOSSO TEATRO

Feche as cortinas
O espetáculo acabou
A Grande Estrela da sua peça
Se cansou

Fui pra ti todos seus personagens
Favoritos e necessários
De Dama da Noite à Puritana
Rainha de suas noites
E plebeia durante os dias

Uma excelente atriz em todos os papéis
No palco das nossas vidas
Onde nada nunca foi real
E o Nada sempre existiu

No último ato
Um ato de coragem
A personagem se despede
Só resta a Mulher
A mulher que quero ser
E nessa minha história
Não tem papel pra você.

Renata Silvestre

Registrado em Julho/2007
EDA (Serviços de Direitos Autorais) - Lei n. 9.610/98

EU TE PEÇO...

Senhor,
De joelhos eu te suplico
Me dê paciência
Pra aguentar esse governo
Insano e medonho
Que me tira o sono
Quando sonho
Com crianças na rua
Semi-nuas
Não para se exibir
Mas por não ter o que vestir

Me dê Sabedoria
Pra entender suas sábias palavras
quando disseste: "Eles não sabem o que fazem"
Será???
Juro que tento acreditar

Me dê o Orgulho
de ser patriota
Nesse Brasil da derrota
Onde os ratos jantam às mesas
e os homens lambem o chão

Me dê a Liberdade
De protestar com dignidade
à podridão dessa Nação
que vive à beira do abismo
Diante desse cruel Capitalismo

Me dê a Coragem
Pra não sucumbir
Pois quem resiste...já dizia Ney Matogrosso
Faz a Raça evoluir

Eu te peço Senhor,
Me dê Esperança
Pois quero acreditar
Que tudo ainda vai mudar...
Será???

Registrado em Julho/2007
EDA (Serviços de Direitos Autorais) - Lei n. 9.610/98

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

TELEQUADRADO

A Caixa preta
No centro da sala
Me alucina
Nela me embriago
Vago - a esmo
Ao nada
Do tudo que ela me traz
Me faz sorrir,
Me faz chorar,
Me faz torcer
E enlouquecer
Um turbilhão de emoções
Surreal
Bilateral
Em que nada é real
Nesse mundo Binário
Onde ligo e desligo
Meu cérebro TELE-APÁTICO
E penso
E sinto
O que querem
Que eu sinta
Que eu pense
Pra me consumir
Nessa TELE-VIDA
Quadrada

Renata Silvestre
Registrado em Julho/2007
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sábado, 8 de agosto de 2009

POR VOCÊ...EU GELEI

Foi você
Que me fez perceber
Que no amor se pode arriscar
Sem ter medo de sofrer
Ou temer me machucar

Foi pra você
Que eu entreguei
Meu coração...
Meu corpo...
Minh'alma
E então, me apaixonei.

Foi por você
Que eu chorei
Me arrastei
Supliquei
E até implorei

Mas é por mim
Que vou reagir
Que vou levantar
Desse exílio perene
E lutar...
E jurar...
Nunca mais
AMAR.

Registrado em Março/2008
EDA (Serviços de Direitos Autorais) - Lei n. 9.610/98

AMOR DE IRMÃO

Que amor é esse que existe em mim
Um amor puro e inocente
Um amor sincero, tão diferente
Tão completo e tão presente

Que me faz te acolher e te proteger
Que não quer nunca te ver sofrer
Que é capaz de brigar com o mundo por você
Que vibra e torce pra você vencer

O amor mais puro que Deus criou
que da maneira mais linda brotou
Que não cobra nada e nunca diz não
Esse é o verdadeiro amor de Irmão

Fiz para meu querido irmão Junior, que é mais que um irmão, é meu amigo e companheiro. Alguém que amo demais e declaro isso abertamente pois é um amor puro, forte e verdadeiro.

Criado em Julho/2007

O BAILE DOS MASCARADOS

Sob a Luz da lua pessoas dançam seus segredos
Uma praia linda e deserta é o cenário perfeito
Escondidos sob máscaras experimentam seus desejos
Sob o anonimato não há culpa nem sentimentos

Os olhares se cruzam na multidão
O perigo do mistério aguça a emoção
Libertos do pecado se entregam ao momento
Entorpecidos no calor do corpo em movimento

A Claridade revela seus corpos desprotegidos
Deitados sobre a areia se entregam ao desconhecido
Vivendo o ápice do prazer proibido
Devorando com loucura o desejo reprimido

Ao nascer do Sol a indagação
Na lembrança só se tem os olhos da perdição
Escondidos em sua máscara de proteção
Que lhe atormentará pra sempre sem a revelação

Registrado em Julho/2007
EDA (Serviços de Direitos Autorais) - Lei n. 9.610/98

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Lindos Ornamentos

Lindos pratos de cerâmica ostentam desenhos delicados
À mesa os olhos dos filhos fixos, arregalados
No lugar do sustento, um vazio amargo
Realçando os traços do prato delicado

No banquete dos políticos não precisa dessas sutilezas
Pois a fartura já esconde essas belezas
Em seus olhos não se vê pobreza
Só a ganância posta à mesa

Me pergunto...De quem é a culpa?
Será dos políticos? Não !!!
A culpa é da população
Que os escolheram pra comandar essa nação

Dois mundos paralelos na mesma situação
De um lado a abundância dos heróis dessa nação
E do outro a grande miséria da população

Do alto do palanque não se vê os olhos entristecidos
De um povo sofrido querendo um abrigo
Esperançosos ouvindo aquele discurso cumprido
Que não trará o sustento de seus filhos

Que esperança resta à esta raça?
Só a sarjeta e o banco da praça
Congelados sobre o frio da calçada
Levando a culpa da própria desgraça

Registrado em Julho/2008
EDA (Serviços de Direitos Autorais) - Lei n. 9.610/98

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

NA MINHA CAMA

Hoje eu acordei
Pensando em você
Nesse triste amanhecer
Assim como todas as noites
são tristes e frias
Insignificantemente vazias

E todos os dias
O dia amanhece sempre igual
Como igual permanece
O espaço vazio da minha cama
Reservado pra você...sem você!!!

E da minha cama não saio
Nem pra limpar
A poeira que se acumula
Ao redor da cama

Deixe-a onde está
Ela servirá pra me mostrar
O tempo que perdi
À te esperar.

Registrado em Março/2008
EDA (Serviços de Direitos Autorais) - Lei n. 9.610/98

Viver é Labutar

Todos os dias
a mesma agonia
cedo me levanto
e vou trabalhar
Passo as horas do meu dia
a Labutar
E quando me dou conta
É hora de voltar
Volto pra casa
Sem tempo pra nada
Só me resta dormir
E logo de manhã
Mecanicamente levantar
Voltar a trabalhara
Nessa Roda-Viva
da inércia da Vida.

Registrada em Março/08
EDA (Serviços de Direitos Autorais) - Lei n. 9.610/98

quarta-feira, 29 de julho de 2009

EU TE VELEI

Essa noite eu te velei
Sob a Lua brilhante
Que há tempos se escondia
Na angústia em que vivia

Enterrei os sonhos que me tirou
A vida que não vivi
Os desejos que só eu senti
Na Cova da Piedade
E respirei o ar da liberdade

Essa noite eu respirei
Como nunca havia respirado
Dormi como nunca havia dormido
E sonhei...
E sorri...
Na Noite em que te Sepultei.

Renata Silvestre

Registrada em Março/2008
EDA (Serviços de Direitos Autorais) - Lei n. 9.610/98

AMAR É...

Amar é sentir
o corpo pairar e voar
sobre as águas do mar
e mergulhar
na imensidão do seu olhar

É sentir o sangue fluir
por entre as veias
percorrendo um caminho sem fim
entrelaçando feito teias
unindo você à mim

É sentir o corpo pulsar
ao fitar meu olhar
à me acariciar
à me abraçar
e me entregar
na explosão
dessa derradeira paixão

É sonhar e sonhar
e não querer acordar
pra não lembrar
que deixou de me amar

É sentir a ausência do ar
à me sufocar
à me matar
e não lutar
deixar-se levar
ao Fim!!!

Renata Silvestre

Registrada em Março/2008
EDA (Serviços de Direitos Autorais) - Lei n. 9.610/98

SER DESCONEXO

A Noite é fria
entre quatro paredes
enlouqueço na escuridão
milhares de luzes lá fora
não iluminam meu quarto vazio

A solidão de uma alma
em busca de uma razão
a inconsolável calma
de um solitário coração

Frases e palavras desconexas
divagam em meus pensamentos
e um grito de desespero
engolindo meus tormentos

Sob a luz do dia amanhecido
o Sol cega os olhos
de um ser enlouquecido
pela angústia do AMOR.

Renata Silvestre

Registrada em Nov/2007
EDA (Serviços de Direitos Autorais) - Lei n. 9.610/98

segunda-feira, 27 de julho de 2009

AMOR EM LUTO

Rasga-me o peito
essa angustia, essa dor
sem saber mais quem eu sou
nem saber pra onde vou

Vou à seu encontro
mas o que encontro
é a frieza do seu olhar
que nada diz
pra me consolar

Esse frívolo e insípido olhar
que na madrugada vazia
veio me perturbar
noite a dentro a chorar

Então desisto de tudo
me rendo ao luto
presa em meu sepulcro
onde esse amor eu sepulto

Não venhas me procurar
Nada vai adiantar
Não vai mais me encontrar
vou pra ETERNIDADE
resgatar a dignidade
de ME amar.

Registrado em Março/2008
EDA (Serviços de Direitos Autorais) - Lei n. 9.610/98

QUAL VIDA

No palco da Vida
o ator se revela
num monólogo dramático
de sua vida singela

Abrem-se as cortinas
para o início do Nada
do Nada da sua vida
da sua Vida sem Vida

Em todos os atos
os mesmos fatos
sem nada de fato
que dê sentido ao ato

Na penumbra do Palco
o ator se da conta
que Nada nos conta
Porque Nada viveu

Fim do Espetáculo!!!


Registrado em Dez/2008
EDA (Serviços de Direitos Autorais) - Lei n. 9.610/98
A DOR DA EXISTÊNCIA

Perdi você, mas não a esperança
o coração esta confuso...perdido
meu pranto secou, a fonte esta escassa
no peito a angustia...perco o sentido

O corpo não reage, sucumbindo a coragem
a dor consome a alma com maldade
cega-me os olhos à qualquer imagem
dilacerando-me com a saudade

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da minha mão
principalmente ao coração

Não mais vivo...
inútil reagir ao insolúvel
ao que parece-me impossível
Portanto...apenas existo!!!

Registrado em Out/03
EDA (Serviços de Direitos Autorais) - Lei n. 9.610/98
Meus desejos e sonhos, sofrimentos e alegrias, angustia...medo...solidão... escancarado, sem pudor, sem receios ao julgo alheio, não mais me julgo portanto lhes entrego minha mais íntima solidão.